Nesse dia são apenas seriam apenas 209km, já que vamos fazer um atalho por uma estrada nova que liga Tupiza à Uyuni que está em processo final de asfaltamento, acho que no total faltam só uns 30km ainda pra serem asfaltados. Se não fosse isso teríamos que ir até Potosi e depois seguir para Uyuni o que resultaria num total de 400km.
O mapa abaixo mostra o traçado que ficou no final do dia, já que não pudemos ficar em Uyuni devido aos protestos que iriam acontecer na cidade.
Saímos do hotel por volta das 9:00 da manhã, os primeiros 10 kilômetros da estrada ainda são de terra e muita poeira. Lá pelas tantas tivemos que cruzar um pequeno córrego e o Omar que era o segundo da fila foi muito para o canto da estrada e acabou afundando a roda dianteira na areia com cascalho e literalmente foi ao chão. Lá vamos nós entre 3 pessoas levantar a moto e arrastar ela pra fora ainda bem que a altitude ali é de apenas 2850 metros acima do nível do mar, até que nem faltou tanto ar assim e sobraram risadas, ehehehe.
As paisagens nesse trecho são incrivelmente lindas, rochas em avançado estado de decomposição coroídos pelo tempo e o vento formando figuras geométricas de beleza incomparável.
Chegamos em Uyuni por volta das 13:30 e ao chegarmos no primeiro posto de gasolina na entrada da cidade para abastecer o frentista já nos passou a informação de que a cidade iria fechar à meia noite e ninguém entra nem sai por 48 horas. Era um protesto dos moradores contra os prefeitos e políticos da região que não estão fazendo nada para o desenvolvimento da região.
Esse com a BMW F650 é o Tuca, na outra foto abaixo a fachada do Hotel onde iríamos ficar em Uyuni, a fachada do hotel parece feia, mas quando você entra lá pra dentro tem uma surpresa, o hotel é um luxo, muito lindo.
Rapidamente tivemos que tomar a decisão de mudar os nossos planos pois o nosso objetivo era pernoitar ali em Uyuni para no dia seguinte cruzar todo o deserto de sal em diagonal visitando algumas ilhas no caminho e chegar até Oruro na Bolívia.
Ficamos meio desapontados com essa história, mas ok, fomos até o hotel explicamos a situação para eles e realizamos o cancelamento da reserva, felizmente sem custo adicional. O pessoal do hotel ainda foi muito gentil em ceder para nós a senha do WIFI para que pudéssemos nos comunicar com as esposas e avisar das mudanças de planos. Ainda deu tempo de tomar um café ali próximo ao hotel e em seguida seguir viagem.
Ao passar por Colchani adentramos um pouco no salar e realizamos algumas fotos, pelo menos pra poder dizer que colocamos os pés no maior deserto de sal do mundo.
Abaixo um clipe de vídeo
Bom, a tarde estava passando rápido e seguimos viagem, a princípio a idéia era tentar ir até Oruro ainda, mas começou a escurecer e o tempo estava se preparando para chover. Quando faltava uns 10 kilômetros para chegar na cidade de Challapata paramos num posto de gasolina para abastecer e aproveitamos para localizar um hotel através do GPS Garmin do Omar. Ao abrir a lista de hotéis selecionamos o primeiro que se apresentou e seguimos até lá. Bem no momento que estacionamos na frente do hotel começou uma chuva de gelo muito gelada pra ser mais redundante. Entrei no hotel conversei com a recepcionista e já uma comissão do controle de qualidade foi conferir se os quartos e camas estava à altura das exigências. No fim tudo aprovado, nem tinha tempo para procurar mesmo, já estava chovendo e fazia muito frio.
Colocamos as motos na garagem do hotel, garagem esta sem telhado pra variar e chão de terra. Para o jantar pedimos uma tele entrega de pizza, a moça do hotel nos ajudou com o pedido fazendo a ligação telefônica à pizzaria, só que eu acho que ela não entendeu direito, havíamos pedido duas pizzas e no fim só veio uma pizza que obviamente não foi o suficiente para os 5 famintos. Pedimos para a moça ligar para lá e solicitar mais uma pizza, o que foi feito, mas a pizza nunca vinha, quando ligamos para lá novamente depois de algum tempo nos informaram que não tinha mais pizza. No fim teve alguns que foram dormir ainda com fome. Fazia muito frio e não tinha calefação, tentei tomar um banho mas o chuveiro (uma ducha corona daquelas bem antigas) nem sequer conseguia amornar a água. Resultado cheirei as axilas e pensei, tá bom assim eu nem suei hoje, fica para amanhã.
Obs.: a cidade não tinha iluminação pública e volta e meia faltava luz, ao passo que nem a internet funcionava direito.
Legal a oportunidade de estar filmando o incidente. A moto caída me pareceu bem mais pesada do que deveria. Foi em função da falta de fôlego pela altitude?
Lindas as imagens do Salar, e muito legal o astral da turma!
A Superténéré com tanque cheio mais as bagagens pesa quase 300kg. E quando está enterrada na areia a uma altitude de 2800 metros parece que pesa 400kg.