17º dia – 17/09/2019, (e o Passo de São Francisco?)

Hoje era pra ser um dos pontos altos da viagem, o Passo São Francisco. Levantamos no horário normal como sempre, sem pressa e tomamos um excelente café da manhã no hotel com muita tranquilidade e pensando no dia que vinha pela frente. O Chile estava comemorando a semana da pátria ou seja a independência deles, todos os hotéis, restaurantes e comércio em geral estava enfeitado com as cores da bandeira chilena. Veja só abaixo a foto do restaurante, mais abaixo as motos estacionadas no pátio do hotel.

Nos últimos 10 dias vinhamos acompanhando pelo aplicativo as condições desse passo, na maior parte do tempo ele estava fechado por causa da neve. Porém nos últimos dois dias ele ficou verde, ou seja estava liberado para passagem. Paramos no posto de gasolina da cidade para abastecer e se certificar que todos os reservatórios de backup estivessem cheios, afinal seriam cerca de 430km sem posto de gasolina. Nisso o Marco resolveu falar com os policiais que estavam ali com uma viatura da polícia e perguntou se eles sabiam de alguma notícia do Passo São Francisco. Eles de pronto, pediram informações pelo rádio, e logo veio a informação que não queríamos ouvir; somente veículos 4×4 podem passar, demais veículos não estão permitidos por causa da neve na pista.

Essa notícia foi um balde água fria nas nossas cabeças, pois agora teríamos que mudar nossos planos e seguir em direção à Santiago para fazer a travessia no Passo Libertadores. Infelizmente o Passo São Francisco terá que ficar para uma próxima vez.

Com isso surgiu um outro problema, nós já havíamos gasto todos os pesos chilenos pois não precisaríamos deles com exceção do Ivan que ainda tinha alguns trocados que dava para pagar uns dois pedágios. Ao passar pelo segundo pedágio ainda perguntamos para a moça e ela disse que o próximo pedágio seria só em La Serena, ficamos tranquilos com isso pois até lá poderíamos passar em algum caixa eletrônico e sacar dinheiro chileno. Só que depois de andar uns 50 kilômetros apareceu mais um posto de pedágio e nós não temos mais dinheiro chileno, somente dólares e pesos argentinos. Paramos uns metros antes do pedágio onde tinha uma barreira policial, fomos falar com eles e explicamos a situação e o Marco até perguntou se um deles não trocaria 10 dólares para nós. Um dos policiais foi até a administração do Pedágio e perguntou o que poderia ser feito, segundo ele eles iriam ver o que dava para fazer. Mas nisso chegou um outro chileno ali de moto e com o pneu dianteiro furado. Logo perguntei a ele se ele trocaria 10 dólares em pesos chilenos para nós, ele prontamente nos ajudou e assim já tinhamos o dinheiro para pagar o pedágio e seguir adiante.

Pilotamos até uma cidade próximo à Santiago chamada Los Andes e logo no primeiro posto de gasolina da cidade paramos para pedir a senha do WIFI a fim de poder localizar um hotel pela internet. Havia uma Sargento da polícia ali que logo ouviu a conversa e se prontificou a indicar um hotel, ela ligou para a proprietária, pegou valores e me passou o endereço. Eu logo fiquei meio desconfiado, isso deve ser uma espelunca pensei comigo. Tentamos procurar outro hotel, mas estava lotado e os apartamentos Single que tinham eram muito caros. Comentei com os guris, vamos lá nesse endereço que a Sargenta passou, só pra não fazer desfeita pra ela afinal ela se demonstrou muito solícita.

Mas nós não conseguimos localizar o tal hotel e acabamos ficando em outro ali próximo, não era lá grandes coisas mas como já eram 9:00 da noite e já estávamos cansados ficamos ali mesmo. Todos os 5 num apartamento tipo dormitório. Depois quando saímos para caminhar e procurar um restaurante encontramos o tal hotel que a Sargenta tinha indicado, realmente parecia ser uma espelunca ainda bem que nem entramos lá.

 

Deixe uma resposta