Compilei esses dois dias no mesmo post porque nesses dois dias nada de muito extraordinário, tirando fora a complicada fronteira entre Perú e Chile e a infecção intestinal do Tuka o resto foi só estrada e mais estrada no meio do deserto árido.

Hoje (14 de setembro de 2019) teremos apenas 472km para percorrer, a partir de agora tudo é deserto com exceção de alguns eventuais oásis que se encontra pelo caminho quando existe algum rio. A temperatura varia bastante, podendo oscilar entre 10 graus em alguns trechos de serra e chegar a 32 graus nas partes mais áridas. Alguns trechos da estrada são lindíssimas com curvas espetaculares onde dá pra treinar bastante os nossos limites e perícia para fazer curvas com as motos, e o melhor de tudo, não tem trânsito é praticamente só nós na estrada. Muito show!

Uns 20km antes de Arica é a divisa internacional entre Perú e Chile, chegamos lá por por volta das 6:00 da tarde e conseguimos nos liberar era quase 8:00 da noite. Quando chegamos em uma divisa de país aqui na América do Sul agente nunca sabe que surpresa vai ter porque cada fronteira e cada país tem regras diferentes, formulários diferentes, eu não entendo porque eles não padronizam isso tudo. E dito e feito, não é que inventaram um formulário diferente lá? Quando chegamos na cabine da imigração mandaram agente comprar e preencher um tal formulário de passageiros, daí tivemos que ir num restaurante que tem ali no complexo da fronteira e comprar o formulário por 5 soles peruanos equivalente a mais ou menos uns R$6,00 e preencher com os dados da moto e do passageiro no caso nós os proprietários da própria moto. Além disso tinha mais outros dois formulários ainda e tudo é muito demorado.

Chegamos em Arica já escuro, mas o hotel que havíamos reservado superou nossas espectativas, realmente muito bom, situado às margens do Pacífico. O jantar foi no próprio restaurante do hotel e fomos muito bem servidos. Até agora sem nenhuma reclamação da comida dos lugares por onde passamos, excelente culinária e preços acessíveis.

No dia 15/09 saímos de manhã lá pelas 10:00, eu não sei porque, mas em toda a viagem agente nunca conseguiu sair cedo. Todos os dias pra conseguirmos sair sempre era uma novela, mas ok, agente sobrevive. Lá vamos nós no meio do deserto, lá pelas tantas um pequeno oásis com algumas árvores e uma pequena lanchonete. Eu e o Marco paramos ali e ficamos esperando o resto da turma, depois de alguns minutos eles aparecem, o Tuka estava visivelmente mal pois ele contraiu uma virose ou infecção intestinal que não sabemos ao certo de onde veio, talvês aquele almoço gorduroso com peixe frito e frango frito em azeite velho que consumimos numa das paradas entre Arequipa e Arica. Ficamos ali naquela sombra cerca de meia hora e prosseguimos viagem, afinal tem muito chão pela frente ainda.

Chegamos em Antofagasta ao entardecer e fomos direto ao hotel que já estava reservado, outro excelente hotel por assim dizer. Antofagasta é uma linda cidade às margens do oceano pacífico, possui um dos maiores portos do Chile por onde é escoado a maior parte do minério de ferro produzido pelo Chile. O Jantar também foi no restaurante do hotel, e o cardápio era único, ou seja, não tem opção, tem que comer o que o Chefe faz e pronto. Mas não deu pra reclamar a opção do Chefe era realmente muito boa com direito a entradas, prato principal e sobremesa ao final. Como o Tuka estava ruim do estômago ainda ele comeu basicamente o purê de batatas, ainda bem que no cardápio do chefe tinha purê de batatas senão estaria lascado.

Abaixo o Mapa desses dois dias, ao todo foram SÓ 1144km em dois dias.