Novamente saímos no horário normal sem correria, mas pra variar minha moto não ligou. Aquela velha combinação de frio com altitude acima de 3500 metros acima do nível do mar. Tivemos que usar a BMW F650 do Tuka pra ligar a minha no tranco.
Rodamos aproximadamente uns 8 kilômetros e chegamos na divisa com o Perú, uma confusão de gente e carro que vocês não imaginam. Ao chegar na entrada do vilarejo já tinha um congestionamento de carros e ônibus e pessoas transitando pra tudo quando é lado. Enfim chegamos lá, estacionamos as motos bem na frente da aduana boliviana. Os trâmites ali por incrível que pareça foram rápidos e tranquilos, o oficial da aduana da bolívia até foi bem simpático e já conferiu a documentação e as nossas 5 motos tudo junto.
No lado Peruano a parte de imigração também foi rápido e fácil, está tudo informatizado e é só apresentar o passaporte e pronto. Na parte da aduana eu só tive o azar de ser atendido por um oficial muito molóide, o cara demorou uns 45 minutos pra digitar meia duzia de coisas e ainda no fim quando ele tentou imprimir o papel a impressora estragou. Daí ele teve que fazer o formulário manual mesmo. Mas nessa confusão ele pediu novamente o documento da minha moto e por fim não me devolveu junto com o formulário preenchido; eu na minha ânsia de sair dali não me dei conta disso. Resultado, ao chegarmos em Puno a 130km dali a polícia da entrada da cidade nos abordou e já foi me avisando que o documento da minha moto tinha ficado lá na Aduana, portanto, tive que voltar 130km só para buscar o documento, ao chegar lá me pediram mil e uma desculpas pela falha ocorrida.
Nossa idéia nesse dia era poder visitar uma daquelas ilhas flutuantes dos Incas que tem ali perto de Puno, mas diante desses problemas e atraso que tivemos infelizmente não foi possível. Só deu pra dar uma caminhada de noite no calçadão e centro histórico de Puno que por sinal é muito bacana com várias lojas e muitos restaurantes bons.